Thursday, March 6, 2008
As cheias em Moçambique
As cheias no país são causadas não só pela precipitação que ocorre dentro do território nacional, mas também pelo escoamento das águas provenientes das descargas das barragens dos países vizinhos situados a montante. Considerando que o país tem 9 bacias hidrográficas internacionais e outras tantas pequenas bacias pode se afirmar que com maior ou menor intensidade todo o país é vulnerável a cheias. Nos anos 2000 e 2001, o país foi afectado por graves cheias devidas a chuvas torrenciais nos países vizinhos que levaram ao agravamento do débito dos rios internacionais e consequente alagamento das áreas ribeirinhas. Os danos das inundações de 2000 e 2001 são estimados em cerca de 800 vidas humanas perdidas e mais de setecentos e cinquenta milhões de dólares em prejuízos materiais. Não só, mas também devido a falta de uma estrutura ou plataforma de gestão das águas a níveis Austral, esta situação vai continuar a levar aos contornos indesejáveis, já agora em 2007 os picos foram atingidos pelos afluentes do rio zambeze afectando a vida da população. Esta situação leva ao agravamento da pobreza, no tocante nas zonas de reasentamentos, onde não é possivel encontrar mínimas condições de saneamento do meio, segurança, nem higiénicas, daí o surgimento do surto da cólera, malária e entre outros.
VULNERABILIDADE EM MOÇAMBIQUE
A localização geográfica é um dos principais factores que contribui para a vulnerabilidade do País aos eventos extremos na medida em que alguns dos ciclones tropicais e depressões são formadas no Oceano Índico, atravessam o Canal de Moçambique e afectam a parte costeira. Com o aumento da temperatura global aumenta a frequência e severidade de secas no interior e de cheias nas regiões costeiras. O País tem sido, ciclicamente, afectado por cheias, secas e ciclones tropicais, sendo de destacar, por exemplo, os eventos de cheias que tiveram lugar em 2000 no sul e em 2001 no centro de Moçambique.
A vulnerabilidade em Moçambique é um problema extremamente preocupante para para toodos, pois face este problema nunca iremos sair do ciclo de dependência em relação ao financiamento, tecnologia, a produção, etc.
Os efeitos climáticos sobre as actividades humanas e recursos naturais podem ser descritos por dois factores: sensibilidade e vulnerabilidade. Sensibilidade é o grau ao qual o sistema responde a mudanças nas condições climáticas e, vulnerabilidade indica o grau ao qual as mudanças climáticas podem afectar o sistema. A vulnerabilidade não depende apenas da sensibilidade do sistema mas também da habilidade deste em adaptar-se a novas condições climáticas.
As respostas do homem aos fenómenos de variabilidade climática podem ser de adaptação ou de mitigação. Adaptação é o conjunto de acções necessárias para ajustar-se a mudança climática, ou seja, acções para lidar com as consequências das mudanças climáticas. O termo mitigação refere as acções para reduzir os impactos das mudanças climáticas.
Moçambique é um país vulnerável às mudanças climáticas devido a sua localização geográfica (com cerca de 2,700 Km de costa, maior parte dos rios internacionais atravessarem o país antes de desaguarem no Oceano Índico, superfícies abaixo do nível das águas do mar), temperaturas altas, aridez e pobreza dos solos, muitas doenças endémicas, falta de comunicação, alto nível de analfabetismo, elevada taxa de crescimento populacional, pobreza absoluta e dependência dos recursos naturais que por sua vez dependem da quantidade de precipitação.
A vulnerabilidade em Moçambique é um problema extremamente preocupante para para toodos, pois face este problema nunca iremos sair do ciclo de dependência em relação ao financiamento, tecnologia, a produção, etc.
Os efeitos climáticos sobre as actividades humanas e recursos naturais podem ser descritos por dois factores: sensibilidade e vulnerabilidade. Sensibilidade é o grau ao qual o sistema responde a mudanças nas condições climáticas e, vulnerabilidade indica o grau ao qual as mudanças climáticas podem afectar o sistema. A vulnerabilidade não depende apenas da sensibilidade do sistema mas também da habilidade deste em adaptar-se a novas condições climáticas.
As respostas do homem aos fenómenos de variabilidade climática podem ser de adaptação ou de mitigação. Adaptação é o conjunto de acções necessárias para ajustar-se a mudança climática, ou seja, acções para lidar com as consequências das mudanças climáticas. O termo mitigação refere as acções para reduzir os impactos das mudanças climáticas.
Moçambique é um país vulnerável às mudanças climáticas devido a sua localização geográfica (com cerca de 2,700 Km de costa, maior parte dos rios internacionais atravessarem o país antes de desaguarem no Oceano Índico, superfícies abaixo do nível das águas do mar), temperaturas altas, aridez e pobreza dos solos, muitas doenças endémicas, falta de comunicação, alto nível de analfabetismo, elevada taxa de crescimento populacional, pobreza absoluta e dependência dos recursos naturais que por sua vez dependem da quantidade de precipitação.
Wednesday, March 5, 2008
Vendaval destrói em Nampula
Um forte vendaval abateu-se ao princípio da tarde ontem sobre a cidade de Nampula, provocando danos em infra-estruturas de habitação e escolares.
Sete alunos da Escola Primária Completa de Muecane, no bairro de Muahivire, dois dos quais com gravidade, ficaram feridos com a destruição do tecto de chapas de zinco daquela unidade escolar. Os feridos graves encontram-se internados no Hospital Central de Nampula. Os fortes ventos, acompanhados de chuvas, duraram cerca de uma hora e afectaram igualmente os sistemas de comunicação. Algumas árvores tombaram impedindo a circulação rodoviária em alguns bairros da cidade.
Sete alunos da Escola Primária Completa de Muecane, no bairro de Muahivire, dois dos quais com gravidade, ficaram feridos com a destruição do tecto de chapas de zinco daquela unidade escolar. Os feridos graves encontram-se internados no Hospital Central de Nampula. Os fortes ventos, acompanhados de chuvas, duraram cerca de uma hora e afectaram igualmente os sistemas de comunicação. Algumas árvores tombaram impedindo a circulação rodoviária em alguns bairros da cidade.
Entenda o que é o Protocolo de Kyoto
O documento, criado em 1997 na cidade japonesa que deu nome ao acordo, estabelece metas para a redução de gases poluentes que, acredita-se, estejam ligados ao aquecimento global e tem data para expirar: 2012.
Segundo o tratado, apenas 30 países industrializados estão sujeitos a essas metas. O Brasil ratificou o acordo, mas não teve de se comprometer com metas específicas porque é considerado país em desenvolvimento.
Leia abaixo repostas a algumas das principais questões envolvendo o protocolo:
O que é o Protocolo de Kyoto?
É um acordo internacional que estabelece metas de redução de gases poluentes para os países industrializados. O protocolo foi finalizado em 1997, baseado nos princípios do Tratado da ONU sobre Mudanças Climáticas, de 1992.
O acordo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, ratificado por 36 países do grupo mais ricos do planeta, e limita emissões dos seis gases que provocam o efeito estufa.
Para atingir as metas de cortar as emissões, o protocolo criou três mecanismos: a troca de emissões entre países com metas a cumprir, a implantação de projetos conjuntos para reduzir emissões e o chamado MDL, ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Esse mecanismo permite que os países que têm que cumprir metas invistam na redução de emissões nos países em desenvolvimento em vez de reduzir emissões "em casa".
Sob o princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", que reconhece um dever maior dos países ricos pelo combate ao aquecimento global, por terem contribuído mais para ele e por terem mais condições de pagar, o protocolo não fixou metas de emissão para os países pobres e em desenvolvimento.
Quais são as metas?
O Protocolo prevê uma redução total de 5,2% nas emissões em relação aos níveis registrados em 1990. Essa meta deve ser atingida entre 2008 e 2012.
A meta de redução varia de um signatário para outro.
Os países da União Européia, por exemplo, têm de cortar as emissões em 8%, enquanto o Japão se comprometeu com uma redução de 5%. Alguns países que têm emissões baixas podem até aumentá-las.
As metas estão sendo atingidas?
O total de emissões de dióxido de carbono caiu 3% entre 1990 e 2000. No entanto, a queda aconteceu principalmente por causa do declínio econômico nas ex-repúblicas soviéticas e mascarou um aumento de 8% nas emissões entre os países ricos.
A ONU afirma que os países industrializados estão fora da meta e prevê para 2010 um aumento de 10% em relação a 1990. Segundo a organização, apenas quatro países da União Européia têm chance de atingir as metas.
O diretor de Campanhas do Greenpeace no Brasil, Marcello Furtado, diz que como ferramenta política o acordo é "fundamental". "Já como ação mitigatória, fez muito pouco."
Por que os Estados Unidos se retiraram do Protocolo?
O presidente americano, George W. Bush, se retirou das negociações sobre o protocolo em 2001, alegando que a sua implementação prejudicaria a economia do país.
O governo Bush considera o tratato "fatalmente fracassado". Um dos argumentos é que não há exigência sobre os países em desenvolvimento para reduzirem as suas emissões.
Bush disse ser a favor de reduções por meio de medidas voluntárias e novas tecnologias no campo energético.
Os americanos estão isolados nessa posição, e o único outro país desenvolvido a se recusar a assinar o acordo, a Austrália, aceitou entrar no acordo no dia 3 de dezembro deste ano. Hoje 174 países são signatários do acordo.
Kyoto vai fazer uma grande diferença?
A maioria dos cientistas que estudam o clima diz que as metas instituídas em Kyoto apenas tocam a superfície do problema.
O acordo visa a reduzir as emissões nos países industrializados em 5%, enquanto é praticamente consenso entre os cientistas que defendem o corte nas emissões como forma de controlar o aquecimento as mudanças climáticas que, para evitar as piores consequências das mudanças climáticas, seria preciso uma redução de 60% das emissões.
Diante disso, os termos finais de Kyoto receberam, portanto, várias críticas, com alguns dizendo que o protocolo terá pouco impacto no clima e é praticamente inútil sem o apoio americano.
Outros, no entanto, dizem que, apesar das falhas, o protocolo é importante porque estabelece linhas gerais para futuras negociações sobre o clima.
Os defensores de Kyoto dizem ainda que o tratado fez com que vários países transformassem em lei a meta de reduções das emissões e que, sem o protocolo, políticos e empresas tentando implementar medidas ecológicas teriam dificuldades ainda maiores.
Entre as grandes economias em desenvolvimento, a China e Índia também ratificaram o protocolo.
O que é o comércio de emissões?
O comércio de emissões consiste em permitir que países compram e vendam cotas de emissões de gás carbônico.
Dessa forma, países que poluem muito podem comprar "créditos" não usados daqueles que "têm direito" a mais emissões do que o que normalmente geram.
Depois de muitas negociações, os países também podem agora ganhar créditos por atividades que aumentam a sua capacidade de absorver carbono, como o plantio de árvores e a conservação do solo.
Segundo o tratado, apenas 30 países industrializados estão sujeitos a essas metas. O Brasil ratificou o acordo, mas não teve de se comprometer com metas específicas porque é considerado país em desenvolvimento.
Leia abaixo repostas a algumas das principais questões envolvendo o protocolo:
O que é o Protocolo de Kyoto?
É um acordo internacional que estabelece metas de redução de gases poluentes para os países industrializados. O protocolo foi finalizado em 1997, baseado nos princípios do Tratado da ONU sobre Mudanças Climáticas, de 1992.
O acordo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, ratificado por 36 países do grupo mais ricos do planeta, e limita emissões dos seis gases que provocam o efeito estufa.
Para atingir as metas de cortar as emissões, o protocolo criou três mecanismos: a troca de emissões entre países com metas a cumprir, a implantação de projetos conjuntos para reduzir emissões e o chamado MDL, ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Esse mecanismo permite que os países que têm que cumprir metas invistam na redução de emissões nos países em desenvolvimento em vez de reduzir emissões "em casa".
Sob o princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", que reconhece um dever maior dos países ricos pelo combate ao aquecimento global, por terem contribuído mais para ele e por terem mais condições de pagar, o protocolo não fixou metas de emissão para os países pobres e em desenvolvimento.
Quais são as metas?
O Protocolo prevê uma redução total de 5,2% nas emissões em relação aos níveis registrados em 1990. Essa meta deve ser atingida entre 2008 e 2012.
A meta de redução varia de um signatário para outro.
Os países da União Européia, por exemplo, têm de cortar as emissões em 8%, enquanto o Japão se comprometeu com uma redução de 5%. Alguns países que têm emissões baixas podem até aumentá-las.
As metas estão sendo atingidas?
O total de emissões de dióxido de carbono caiu 3% entre 1990 e 2000. No entanto, a queda aconteceu principalmente por causa do declínio econômico nas ex-repúblicas soviéticas e mascarou um aumento de 8% nas emissões entre os países ricos.
A ONU afirma que os países industrializados estão fora da meta e prevê para 2010 um aumento de 10% em relação a 1990. Segundo a organização, apenas quatro países da União Européia têm chance de atingir as metas.
O diretor de Campanhas do Greenpeace no Brasil, Marcello Furtado, diz que como ferramenta política o acordo é "fundamental". "Já como ação mitigatória, fez muito pouco."
Por que os Estados Unidos se retiraram do Protocolo?
O presidente americano, George W. Bush, se retirou das negociações sobre o protocolo em 2001, alegando que a sua implementação prejudicaria a economia do país.
O governo Bush considera o tratato "fatalmente fracassado". Um dos argumentos é que não há exigência sobre os países em desenvolvimento para reduzirem as suas emissões.
Bush disse ser a favor de reduções por meio de medidas voluntárias e novas tecnologias no campo energético.
Os americanos estão isolados nessa posição, e o único outro país desenvolvido a se recusar a assinar o acordo, a Austrália, aceitou entrar no acordo no dia 3 de dezembro deste ano. Hoje 174 países são signatários do acordo.
Kyoto vai fazer uma grande diferença?
A maioria dos cientistas que estudam o clima diz que as metas instituídas em Kyoto apenas tocam a superfície do problema.
O acordo visa a reduzir as emissões nos países industrializados em 5%, enquanto é praticamente consenso entre os cientistas que defendem o corte nas emissões como forma de controlar o aquecimento as mudanças climáticas que, para evitar as piores consequências das mudanças climáticas, seria preciso uma redução de 60% das emissões.
Diante disso, os termos finais de Kyoto receberam, portanto, várias críticas, com alguns dizendo que o protocolo terá pouco impacto no clima e é praticamente inútil sem o apoio americano.
Outros, no entanto, dizem que, apesar das falhas, o protocolo é importante porque estabelece linhas gerais para futuras negociações sobre o clima.
Os defensores de Kyoto dizem ainda que o tratado fez com que vários países transformassem em lei a meta de reduções das emissões e que, sem o protocolo, políticos e empresas tentando implementar medidas ecológicas teriam dificuldades ainda maiores.
Entre as grandes economias em desenvolvimento, a China e Índia também ratificaram o protocolo.
O que é o comércio de emissões?
O comércio de emissões consiste em permitir que países compram e vendam cotas de emissões de gás carbônico.
Dessa forma, países que poluem muito podem comprar "créditos" não usados daqueles que "têm direito" a mais emissões do que o que normalmente geram.
Depois de muitas negociações, os países também podem agora ganhar créditos por atividades que aumentam a sua capacidade de absorver carbono, como o plantio de árvores e a conservação do solo.
Painel Intergovernamental Sobre as Mudancas climaticas vao se encontrar(IPPC) em Bergen
Pesquisadores de mudanças climáticas do mundo inteiro se reunirão em junho para elaborar o relatório de clima das Nações Unidas. O relatório é a ferramenta principal quando os politícos decidem a politíca de meio-ambiente.
22/6/2006 :: "Estamos satisfeitos que o painel tenha escolhido Bergen para essa reunião. Isso que dizer que nós estamos entre os líderes dos pesquisadores de clima do mundo”, disse Eystein Jansen, diretor do Centro de Bjerknes da Universidade de Bergen, os anfitriões da reunião.
O relatório do painel de clima tem um papel decisivo para a política climática do mundo. Quando os pesquisadores se reunirem em Bergen no fim de junho, o quarto relatório do painel estará na fase final. O quarto relatório do PIMC será divulgado em fevereiro de 2007.
O papel do PIMC é analisar as mudanças climáticas numa base cientifica, sócio-econômica e técnica. O objetivo é determinar as consequências ambientais das mundanças climáticas causadas pelas atividades humanas.
O relatório é feito por 170 pesquisadores, representando todos os continentes e o sistema das Nações Unidas. A Noruega é representada por 5 pesquisadores. O último relatório do PIMC foi divulgado em 2001.
Ministério das Relações Exteriores
22/6/2006 :: "Estamos satisfeitos que o painel tenha escolhido Bergen para essa reunião. Isso que dizer que nós estamos entre os líderes dos pesquisadores de clima do mundo”, disse Eystein Jansen, diretor do Centro de Bjerknes da Universidade de Bergen, os anfitriões da reunião.
O relatório do painel de clima tem um papel decisivo para a política climática do mundo. Quando os pesquisadores se reunirem em Bergen no fim de junho, o quarto relatório do painel estará na fase final. O quarto relatório do PIMC será divulgado em fevereiro de 2007.
O papel do PIMC é analisar as mudanças climáticas numa base cientifica, sócio-econômica e técnica. O objetivo é determinar as consequências ambientais das mundanças climáticas causadas pelas atividades humanas.
O relatório é feito por 170 pesquisadores, representando todos os continentes e o sistema das Nações Unidas. A Noruega é representada por 5 pesquisadores. O último relatório do PIMC foi divulgado em 2001.
Ministério das Relações Exteriores
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